O número 7 é primo, zero foi o último algarismo indo-arábico a ser incluído no sistema decimal. Ele foi uma quebra de paradigma. Ao contrário do que se diz, zero não é “nada”, ele é muita coisa. É graças ao zero que 7 se torna 70! É graças ao zero que podemos fazer as mais variadas operações numéricas com precisão. Imaginem que no século XII enquanto os países árabes trocavam bens com moedas locais e ouro entre outras coisas, eles já utilizavam o sistema numérico indo-arábico (o sistema arábico é o responsável pelos algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 enquanto a contribuição da Índia foi justamente o zero, uma das mais inovadoras criações dos matemáticos, quebrando um dos maiores paradigmas da história).
E nesta mesma época, os europeus usavam o arcaico e ineficiente sistema numérico que chamamos de números romanos. Na realidade não é um sistema posicional em que as quatro operações básicas possam ser feitas, e uma das razões é justamente por não conter o algarismo zero e não ser posicional.
Fibonacci era um matemático italiano que também era comerciante e foi ele que trouxe o sistema indo-arábico para a Itália, que posteriormente foi para toda a Europa. Foi ele quem percebeu o quão superior era esse sistema comparado aos números romanos. Ele resolveu escrever um livro sobre as contas reais e fictícias que realizava na troca das mercadorias. Esse livro ficou famoso. Se chamava Liber Abaci em latim, ou o livro das contas em português.
Foi graças à Fibonacci, cujo nome era Leonardo Pisano - Leonardo de Pisa, filho do Bonacci, daí a razão de ser o filho de Bonacci ou simplesmente Fibonacci- foi que o ocidente prosperou com um sistema numérico capaz de dar asas à inovação.
Os números estão presentes em tudo e em todas as coisas. Há um grupo muito especial de números que era apreciado por Fibonacci, e também por muitos matemáticos ilustres- os números primos! Sim, os números primos são únicos. Eles são os “blocos de construção” de todos os números. Como uma espécie de tabela periódica em que todas as substâncias derivam dos elementos químicos. Todos os números inteiros, sem excessão, podem ser construídos através dos números primos. Todos os números têm uma “impressão digital única” feita por fatores primos. O número 20 por exemplo pode ser reduzido à 225 , o número 36 é igual a 2232 e assim por diante.
O 7 talvez seja o número primo mais ilustre de todos. Além de ele ser único, quando está no denominador de uma fração ele se transforma em dízima periódica, cuja parte decimal que se repete é 142857, ou seja, 0,142857142857142857… ele é cultuado desde séculos atrás. São 7 dias da semana, são 7 pecados capitais, eram 7 planetas no século XVII, 7 cores no arco íris, as 7 maravilhas do mundo, a soma de dois lados opostos de um dado de 6 lados é sempre 7, na base binária o 7 é 111, etc…
Ao unirmos o 7 com o 0, temos um número muito especial! Ele representa 10 setênios, ou seja, 10 ciclos de 7 anos. E o número 10 é a própria base do nosso sistema númerico e decimal, ou seja, de base 10. o sete é a rainha dos primos. Em jogos temos o 7 belo.
No Holos, um espaço abstrato onde toda a matemática que já foi criada e descoberta está presente assim como aquela que ainda não conhecemos, o número sete é admirado. À ele muitas descoberta são atribuídas, e muitos mistérios da matemática têm o sete presente como protagonista ou coadjuvante.
Quando alguém faz 70 anos, é um ciclo perfeito de 10 setes. Há uma conclusão de tantos anos que foram vividos, aprendidos, refletidos, vivenciados. E cada grupo de 7 anos representa uma renovação de aprendizado como uma espiral. A cada sete anos revisitamos conhecimentos, vivências e conhecemos, e agregamos mais. E nos próximos 7 anos isso se repete mas como é em espiral ascendente, não voltamos nunca ao mesmo ponto, mas em uma dimensão acima. Assim nossa vivência acumula conhecimento, mérito, colhemos o que plantamos, vivemos mais verdadeiramente. Os números estão aí para que nós possamos ver essa linda dança da vida de acontecimentos lindos, difíceis, desafios e superações. É uma dança de aprendizado que nos torna mais humildes e sábios.
Já sabemos que o Holos contém todo o conhecimento matemático do presente, passado e futuro. Os seres que lá habitam vieram do Espelho Cósmico. Um lugar onde todos nós viemos mas não sabemos. No Espelho Cósmico os seres de luz vivem em plena harmonia. Uma dessas razões é porque é um lugar que nunca nasceu, nem deixou de existir. Lá vivem os guardiões de luz.
Pois foi no Espelho Cósmico que no dia 1o de outubro de 1952 Nyingje Lödro foi enviado à este planeta para ser o guardião de uma menina que viria a ser a caçula e mais querida dessa família. Ela passou por experiências incríveis e viria a se tornar uma grande sábia. Nyingje Lödro sempre a acompanhou e esteve presente em todos os seus dias de vida. Como seu guardião de luz, ele a protegeu e a guiou nos momentos que mais precisava. Houve um episódio que ela se recorda em que era pequenina e uma cobra a ameaçou, Nyingje Lödro tomou a sua forma de guerreiro e se aproximou daquele espaço temporal de existência em que o universo de possibilidades se abre. Como um exímio guardião de luz, ele observou claramente as tendências do que iria acontecer. Sabia que não existia destino, mas uma tendência natural das coisas existirem. Foi nessa pequena brecha temporal em que o mundo pára e ele consegue acessar o universo das possibilidades e agir como um digno guardião. Nyingje Lödro estudava com maestria as artes dos guardiões e era um distinto misericor custodius, ou aquele que coloca o outro antes dele próprio e que tem o poder da cura.
Ele percebeu todas as possibilidades e decidiu agir prontamente. Pegou uma flecha de luz azul, imprimiu uma intenção, preparou seu arco, mirou na cabeça do irmão mais velho que estava próximo à ela e lançou a flecha. Em poucos instantes a flecha atingiu a cabeça do irmão, com um clarão azul acetinado escuro, ela continha uma intenção para que o irmão agisse. Ao mesmo tempo lançou flechas azuis de cura à pequena menina que rapidamente ficou protegida por um manto protetor azul adamantino e indestrutível, digno dos guardiões de luz azul. Foi aí que o irmão, recebeu a intenção contida na flecha e salvou a sua pequena irmã da ameaça de uma cobra assassina.
Essa foi apenas uma das ocasiões em que a pequena Anita foi salva. Nyingje Lödro já a acompanhava por setenta anos e sabia que completar 70 anos era algo tão especial na vida de uma pessoa. Então decidiu enviar uma flecha dentro do espaço atemporal dos fenômenos. Quebrando um dos protocolos celestiais, ele programou para que a flecha atingisse este planeta exatamente no dia 1o de outubro de 2022, e que levasse um pouco da sua história àquela sábia mulher que sempre fora a pequenina criança alegre e criativa que cativava todos. Foi hoje, dia 1o de outubro de 2022 que a mensagem foi captada e redigida por Padmo Dorje, o guardião de seu sobrinho, Luigi, que humildemente se comprometeu a passar essa mensagem única à querida Anita.
No final da mensagem de luz, um pequeno texto dizia: “Continue seguindo a luz, e quando ficar difícil de enchergá-la, lembre-se daquele momento que você foi salva da cobra assassina, e instantaneamente a luz reaparecerá. Na realidade ela nunca deixou de estar presente."
“Viva com amor, humildade, compaixão, alegria, gratidão, determinação e compromisso: as 7 qualidades que atingimos ao completar o décimo setênio”
“Aqui o tempo passa muito rápido, temos a ilusão de que a vida é eterna, mas ao vivermos cada momento, vivemos a eternidade em um instante só”.
Os guardiões de luz viajavam instantaneamente pelo espaço interstelar através do Teorema de Bell, previsto pela física quântica, mas infelizmente muito desconhecido, mesmo entre os físicos.
Por essa razão, Nyingje Lödro pôde realizar tanto viajando de um lado ao outro através do tempo. No final do texto ainda dizia:
“Quando estiver em apuros, não tenha medo! Estarei sempre ao seu lado, basta tocar na pedra âmbar que está em seu coração e uma ajuda instantânea chegará imediatamente”
Viva seu próximo setenio com compromisso, alegria, gratidão e saiba que ao experimentar contentamento, você estará curando a si e aos outros.
“Ohm Mani Padme Siddhi Hum!” Foram as últimas palavras. Que segundo uma tradição de povos nômades da Ásia setentrional queria dizer:
“Que todas as bençãos continuem a banhar todos os momentos e que haja luz e paz por muitos aceanos de kalpas e éons vindouros”
02-10-2022